Das 100 maiores empresas do País, 60 já adotam a prática - De acordo com uma pesquisa, revelada
nesta quarta-feira, 22, no 18º Fórum Internacional de Logística, que
acontece no Rio de Janeiro, 60 das 100 maiores empresas do país já
possuem alguma atividade relacionada à operação de logística reversa,
que prevê o recolhimento e descarte pelo fabricante do resíduo
pós-consumo.
A pesquisa foi feita pelo Instituto de Logística e Supply Chain (cadeia de fornecimento), que é o Instituto Ilos. A instituição se dedica à geração de conhecimento e soluções em logística e é liderado por Paulo Fleury, professor titular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
A pesquisa foi feita pelo Instituto de Logística e Supply Chain (cadeia de fornecimento), que é o Instituto Ilos. A instituição se dedica à geração de conhecimento e soluções em logística e é liderado por Paulo Fleury, professor titular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
“O fato de essas grandes empresas já terem alguma atividade mostra uma
predisposição em cumprir o que determina a lei”, analisou a consultora
do Instituto Ilos e responsável pela pesquisa, Gisela Sousa. De cada dez
entrevistados, seis apontaram a lei como principal motivação para
implantar a logística reversa.
A consultora ressalvou, porém, que embora a maioria das empresas já
desenvolva alguma atividade referente ao recolhimento e descarte de
material no pós-consumo, em atendimento à Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), nem todas estão no mesmo estágio. “Estão com alguma
atividade, mas não necessariamente é uma atividade muito
representativa”.
Cerca de 70% das consultadas querem gastar, “no máximo”, R$ 400 mil por
ano para fazer uma operação de logística reversa, revelou Gisela Sousa.
Ressaltou que a maior parte das companhias está preocupada com a
questão da imagem. Têm a consciência que, atualmente, deixar de fazer
alguma coisa associada às áreas ambiental e social pode ter um impacto
direto na sua imagem institucional.
Segundo ela, muitas empresas veem a questão da sustentabilidade como
uma forma de ganhar mercado, além da conscientização em relação à
preservação do meio ambiente. “Se você vai olhar para o futuro, não tem
como deixar de lado a questão da sustentabilidade, porque isso tem sido
cada vez mais relevante para os novos consumidores”. Dentro desse
contexto, os maiores motivadores para realizar um trabalho de logística
reversa de resíduos são a marca e o aumento das vendas. “As empresas já
encaram isso como uma necessidade, uma solicitação do próprio
consumidor”.
Entre os principais obstáculos apontados pelas empresas para investirem
na logística reversa, está o da questão geográfica. Alegam que como o
consumidor está espalhado pelo país, isso dificulta um pouco a operação e
eleva custos, em razão da baixa escala de transporte. A necessidade de
instalação de pontos para a coleta do resíduo foi apontada como barreira
por 53% das companhias consultadas. Para 45%, falta mais apoio
governamental para a coleta seletiva.
Gisela Sousa declarou ainda que os detalhamentos da implementação das
medidas de logística reversa serão definidos nos editais previstos para
serem publicados entre novembro e dezembro próximos, a partir da
assinatura dos acordos setoriais com o governo.
O estudo mostra que nem todas as empresas fazem um trabalho de coleta
de resíduos que envolva a participação do consumidor brasileiro. Somente
23% das empresas pesquisadas disseram ter iniciativas de coleta que
incluem o público. Em 42% das companhias, os materiais são coletados no
varejo, enquanto 27% instalam pontos de coleta em suas próprias
dependências.
A reutilização dos resíduos na produção é considerada uma operação
positiva por 21% das companhias, devido à redução de custos. Já 17% se
revelam motivadas pela perspectiva de aumento da receita. Ainda de
acordo com a pesquisa, menos de 40% das indústrias que operam no Brasil
têm um setor responsável pela logística reversa dos resíduos no
pós-consumo.
Fonte: http://www.webtranspo.com.br/logistica/26043-logistica-reversa-ganha-espaco-no-brasil
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